sexta-feira, dezembro 29, 2006

Ano Novo

Parece que todas histórias com que me identifico começam com corações partidos, sonhos desfeitos e partes feridas. Tem uma história que conheço sobre um homem chamado Israel que lutou com Deus. Daquele dia em diante ele andou manquejando. Creio que, em muitas maneiras, não confio em alguém que não ande manquejando. O futuro ainda não foi escrito. Escreve-o bem.

Jon Foreman do Switchfoot, sobre a música "Burn Out Bright"

Feliz Ano Novo!!

terça-feira, dezembro 26, 2006

Por Hoje recomenda

Hoje é dia de trabalho novo do Switchfoot!

As prévias não me empolgaram muito e "Oh! Gravity" não deve estar entre os três melhores discos da banda, mas ainda assim é o velho e bom Switchfoot, o que para encurtar a conversa, coloca o trabalho acima da média.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Novidades no Blogger

Parece que o Blogger atualizou seu sistema de blogs, saindo da versão Beta. Dentre as novidades, agora é possível classificar os posts, existem mais opções para alterar o layout do site e pode-se criar blogs privados. Só que essas novidades aparentemente não estão disponíveis para blogs antigos. Na hora de fazer o login, você tem a opção de logar com sua conta Google e usufruir das atualizações, ou usar o login antigo do Blogger. Optei pela primeira para testar as novidades, mas ao logar o serviço ignora blogs antigos. Ou seja, teria que começar ou blog novo. Não encontrei nenhum jeito até agora de dar um upgrade do Por Hoje para a nova engine. Estranho, no mínimo.

Atualizado (12:15:31): Andei me informando, é possível sim migrar para a nova versão, mas estão oferecendo a opção aos poucos para não precisar apertar o botão de pânico!!!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Fases

Tudo que é bom dura pouco. É o que se diz por aí. Não sem uma boa dose de verdade. Mesmo aquelas coisas corriqueiras e que duram a vida inteira são boas só no começo, porque com o tempo e quando nos acostumamos com elas, deixamos de saboreá-las como quando ainda tinha o ar de novidade. Essa breve introdução é para registrar a diminuição das atividades nos 'blogs amigos'. Alguns, por motivos que entendo, encerraram de vez as atividades. Outros (eu entre eles), tem atualizado com pouca freqüência. Diminuiram também os encontros casuais nos MSNs da vida e aquelas horas de conversas agradáveis ficaram na saudade. Cada um tem os seus motivos, o interessante é notar que coincidiu de 'toda a turma' diminuir o ritmo meio que simultaneamente. E assim quase tão aleatoriamente quanto nos encontramos, perde-se um pouco o contato.

Bom, ainda existe o bom e velho email. Fiquem à vontade para usar.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Ser ou não ser...

Noturno: Dizem que você pode imitar qualquer um... Até mesmo a voz?

Mística: Até a voz.

Noturno: Então por não fica disfarçada o tempo todo? Sabe... parecer com todo mundo.

Mística: Porque não deveríamos ter quê.

quarta-feira, novembro 22, 2006

Sinais de vida

Amigos ainda visitam este blog. Aparentemente. E é indelicadeza de minha parte não dar sinais de vida.

Não posso garantir que vou escrever com a mesma freqüência, ou qualidade. Às vezes releio o que escrevi, e me surpreendo... ora positiva, ora negativamente. Então não deveria dizer que a alegria não rende bons textos. Ou que só escrevo bem quando triste. Fato é que nem uma nem outra são garantia de alguma coisa. E imagino que quem ainda vem aqui, vem pela amizade que nos une, e não pelo que escrevo ou deixo de escrever.

De agora em diante, vou simplesmente escrever. Falar de coisas da vida, essa vida terrena, mais vivida, cotidiana, essa vida de sempre; e ocasionalmente falar da vida sonhada, aquela ideal, planejada com perfeição nos mínimos detalhes e que queremos crer ser possível. Se não na real, pelo menos na poesia, na frieza da letra que mata, na dor compartilhada (e por que não no sorriso?). Enfim, por hoje é só e a vida continua... E a gente se vê por aí.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Ausência

Tenho estado ausente, eu sei. Mas não é por culpa de mim e também não estou reclamando. Sonha-se tanto um sonho que quando ele acontece, diz-se que "acontece quando a gente menos espera". Ora, pode-se dizer que, no máximo, não há muitas possibilidades de que isto ou aquilo aconteça. Mas quando se sonha, sempre se espera. Senão, para que sonhar?

E os filmes sempre acabam no final. Por que ninguém quer ver o que acontece no "felizes para sempre". E se há continuações é porque os heróis se cansam da mesmice da felicidade e decidem abrir mão do paraíso para voltar a sofrer. Não é o que eu quero. Haverá alguém que discorde, mas a alegria não rende bom textos. A busca pela alegria talvez, mas não a alegria. Este é um bom exemplo, que explica também (ou não) o porque tenho escrevido tão longe e tão pouco.

sábado, setembro 16, 2006

Amar é um questão de escolha

Ser amado é uma questão de conquista

sábado, setembro 02, 2006

O imponderável a Deus pertence!

segunda-feira, agosto 28, 2006

Segredo

Agora ele descobriu aquele segredo

do qual ninguém se recupera de verdade

O de que mesmo no mais perfeito amor

Uma das pessoas ama menos profundamente do que a outra

Talvez não haja duas pessoas que se amem igualmente

do filme A Ponte De San Luis Rey

quarta-feira, agosto 16, 2006

Reciprocidade

Ao dizer que se sente meu filho, eu me sinto seu pai.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Artes

Tão delicada e complexa quanto a arte de amar é a arte de ser amado.

segunda-feira, julho 24, 2006

Demais

Almoçando com alguém muito querido, ouvi sua filha dizer que fazia até demais por ele. Besta que sou, não me contive e respondi:

- Nunca é demais... nunca é demais.

Vira e mexe, ouve-se alguém dizer que "ama demais". Respeito, mas acho uma grande bobagem.

Primeiro, porque só podemos amar quanto nos permite nossa natureza humana, o que, convenhamos, nunca vai ser demais. Segundo, quando se ama de verdade, imagino, é sempre "de menos". Por mais que se ame, ter-se-á sempre a impressão de que não é o suficiente. E quanto mais se ama, mais se quer amar.

Além disso, "demais" traz implícita a idéia de que a pessoa amada não merece, não está a altura do amor que inspira. Ora, amor não tem a ver com merecimento. Ou não deveria, pelo menos. Ama-se, não pelo que a pessoa amada é, mas pelo que o ato de amar em si faz naquele que ama. Talvez a idéia fique mais clara nas palavras de Antoine de Saint-Exupery: "Quando você se doa, você recebe mais do que dá"*. Sendo assim, amar nunca será demais.

Ou não...

*BrainyQuote (em inglês)

quinta-feira, julho 20, 2006

Ainda sobre o amor

Às vezes damos nosso coração por nada, pela simples necessidade de amar. Não nos importa se o alvo desse amor o merece. Nós simplesmente amamos, pelo bem que amar nos faz. E se a dor da indiferença se tornar muito forte, nossa vigança é amar mais.

terça-feira, julho 11, 2006

Expectativas

Conversando com uma querida amiga no MSN recentemente, surgiu a pergunta:

É possível amar sem criar expectativas?

Tenho pensado a respeito e pretendia escrever sobre o assunto, mas devido a pressão de outra querida amiga, vou só lançar a idéia...

Voltando a pergunta, eu diria que não. Só o fato de gostarmos de alguém já nos leva, consciente ou inconscientemente, a querer que esse alguém goste também de nós. E se não se pode fugir desta expectativa, é muito difícil, embora talvez não impossível, negar qualquer outra que venha dela.

terça-feira, julho 04, 2006

O valor do amor

Tudo na vida se compra, menos o amor. De fato, o amor, nem com amor se compra.

terça-feira, junho 20, 2006

Indiferença

Indiferença. Ah! A indiferença! Tem poucas coisas piores do que a indiferença daqueles que amamos mais. E talvez esse seja o maior desafio do amor e a dor mais aguda que o coração possa sentir: Continuar amando quando tudo que se recebe de volta é o silêncio indiferente. Porque se há algo que o amor não pode garantir é reciprocidade. Mas nisso sabemos que amamos de verdade, quando o amor "tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta". E o que aparentemente é perda é na verdade ganho, porque se há algo que o amor pode fazer é nos tornar pessoas melhores. E não há amor recebido que produza o mesmo efeito do amor dado.

sexta-feira, junho 09, 2006

Abraços

- Acho que o que você está precisando é de uns abraços.

- Até tenho recebido alguns bons abraços, mas sempre falta "aquele abraço".

Abraços são como música, você pode ouvir várias e não sentir nada, mas tem sempre aquela que toca as cordas mais profundas da sua alma.

segunda-feira, maio 29, 2006

Citações

A previsão do tempo avisa que vem por aí uma frente fria de citações. É isso ou o silêncio...

Para começar uma do 'tio Lewis' que sabia das coisas

Você não tem uma alma. Você é uma alma. Você tem um corpo.

quarta-feira, maio 24, 2006

Post-carinho

Carrego seu coração comigo (carrego-o no

meu coração) nunca fico sem ele (qualquer

lugar que eu vá, minha cara, e o que quer seja feito

por mim apenas, é seu feito, minha querida)

não temo

o destino (pois você é meu destino, meu doce) não desejo

o mundo (pois beleza você é meu mundo, minha verdade)

E você é o que a lua sempre significou

O que o sol sempre cantou


E eis aqui o segredo mais profundo que ninguém conhece

(eis a raiz da raiz e o broto do broto

e o céu do céu de uma árvore chamada vida; que cresce

mais do que a alma pode esperar ou a mente esconder)

e esta é a maravilha que mantém as estrelas distantes


carrego seu coração comigo

(carrego-o no meu coração)

E. E. Cummings

Feliz Aniversário, Claire!

quarta-feira, maio 17, 2006

Você e eu

Eu sou a onda

Eu sou o mar

Você é o rochedo que insiste em parar

Meu ímpeto,meu sonhar


Eu sou a onda

Eu sou o mar

Você é o cume que não se deixa alcançar

Por meu carinho, meu balançar


Eu sou a onda

Eu sou o mar

Você é a fortaleza que pode ignorar

Meu apelo, meu rogar


Eu sou a onda,eu sou o mar

Você é a rocha, você é amar

sexta-feira, maio 12, 2006

Pequenas verdades

Ou grandes verdades escondidas em pequenas palavras

Quer estragar um pedido de desculpas? Acrescente uma justificativa.

talvez não reproduzido textualmente, mas tirado da Seleções de Readers Digest deste mês

segunda-feira, maio 08, 2006

The Blues (continuação)

Claro, não é um tradução definitiva. Alguns termos são difíceis de expressar em português e outros ainda estão adquirindo forma a cada vez que a música toca. Espero que gostem.

Canto esta canção como um pedaço de vidro quebrado

De braços e narizes quebrados

Este é o Ano Novo ou só mais um desespero?

Você empurra até se debater

Você se dobra até quebrar

Até chegar aos campos devastados onde nossos pais jazem

Será um dia como este, quando o mundo desmoronar


Não há nada aqui que mereça ser salvo

Não há ninguém aqui?

Sobrou alguma rede para segurar nossa queda?

Será um dia como este

Quando o céu cair e os famintos e os pobres e os deserdados encontrados

Está descontente? Tem se esforçado demais?

Tem derrubado este castelo de cartas quebrado?

Será um dia como este, quando o mundo ceder


Não sobrou nada mais?

Nada mais pra cantar?

Sobrou alguém que não tenha beijado o inimigo?

Este é o Ano Novo, ou só mais um desespero?

A justiça nunca te encontra?

Os perversos nunca perdem?

Tem outra canção além deste blues?

Nada está bom

Até que o mundo desmorone

quinta-feira, maio 04, 2006

The blues

Talvez esta seja a melhor música que eu tenha ouvido no ano de 2005. E não me canso de escutá-la. Escrita numa véspera de Ano Novo por Jon Foreman, a letra traduz aquele sentimento típico de alguns de nós diante da possibilidade de 'um novo começo' que para aqueles que já se perderam em mais de um, traz uma mistura de ansiedade e frustração, amargura, ressentimento e inconformismo.

Este é o Ano Novo, ou só mais uma noite?

Este é o novo medo, ou só mais um susto?

Esta é a nova lágrima, ou só mais um desespero?

Isto é um dedo, ou só outro punho?

Isto é o reino, ou só mais uma tentativa-e-erro?

Sinto falta de direção, mais do que tudo neste desespero

Isto é o que eles chamam de liberdade?

Isto é o que você chama de dor?

Isto é o que eles chamam de fama descontente?

Será um dia como este, quando o mundo desmoronar

continua...

terça-feira, abril 25, 2006

Considerações sobre perda

O que é ter? O que é perder? Tenho pensado a respeito. E os comentários do post anterior lançaram novas luzes ao tema. A idéia que o originou e, talvez eu tenha falhado ao transmiti-la, é que se alguém não se importa em perder é porque na verdade nunca teve aquilo que perde. Sendo esse "não se importar" o que eu chamaria de a arte da perda. Mas, volto a perguntar: O que é perder? O que é ter? Claro, estou falando aqui de pessoas, relacionamentos. E nessa esfera, seria ter um sinônimo de amar? E sendo essa amor verdadeiro, pode-se chamar a separação - por qualquer que seja o motivo - de perda? Mesmo quando separados carregamos ainda no peito a lembrança e a intensidade de um sentimento que nem distância, nem tempo, e talvez, nem a morte conseguem apagar? E se o sentimento sobrevive, ter-se-á mesmo perdido algo? Perder é não ter? Não ter é estar longe? longe do coração amado? Não sei, e como costumo dizer, já não tenho respostas. Só sei que há um momento em que o ter se torna ser, quando o sentimento se apega de tal maneira a alma que esta já não o é sem ele.

Alguém diz: "Toda dor vem do desejo de não sentir dor". Concordo, mas penso que não é só isso que move a alma. A alma sabe que não há alegria sem sofrimento. O que a alma quer é uma dor que valha a pena, um preço justo que ela possa pagar por aquilo que imagina ser felicidade. A alma não rejeita a dor, muito menos as lágrimas. O que a alma se recusa é sofrer em vão ou sem saber quando ou quanto basta, ou ainda mais, se receberá ao final os louros da vitória. Pois uma vez que se experimenta o sabor da alegria, como a define Lewis, alma nenhuma mede esforços para obtê-la. Mesmo que seu valor seja inestimável e que o coração tenha já gasto toda sua fortuna tentando alcançá-la.

Por duas vezes nesta vida foi-me dada a escolha. Quando garoto e quando homem O garoto escolheu a segurança, o homem escolheu o sofrimento. A dor de agora é parte da felicidade de então.

Esse é o trato.

quinta-feira, abril 20, 2006

A arte da perda

A arte da perda é uma que deve-se evitar aprender. Dominá-la é, na verdade, nada ter que se possa perder.

segunda-feira, abril 17, 2006

Sábias palavras

Escrevo para derrotar a tristeza.

Rubem Alves

quarta-feira, abril 12, 2006

Tenho andado ocupado por uma rotina que eu sempre procurei evitar. Mas da qual não consigo escapar. Sobra pouco tempo pra pensar, pouco tempo pra sentir. É bom, que assim descansa um pouco o coração, que não esquece, apenas adormece, enquanto a razão pensa dirigir os rumos deste barco por um oceano calmamente revolto, que de lar não tem nada, só os navegantes ocasionais que encontramos por aí e aprendemos a chamar de amigos. Mas que o vento do destino insiste em levar para longe de nós, para onde não podemos ver ou tocar apenas lembrar, desejar e, mesmo a distância, amar. Para estes, esta nota. Para o mar, a promessa de uma boa briga. Sempre!

terça-feira, abril 04, 2006

Só uns versinhos pra tirar a poeira

And if I cry

Can I know the reason why?

I drop a tear

When you're not near

E se eu chorar

Posso saber o motivo?

Derramo uma lágrima

Quando não estou contigo

terça-feira, março 21, 2006

Um poeminha

Chove a cântaros na noite em que nasci

E só quem não me conhece

Desconhece a ironia que é

A chuva que cai na noite em que nasci

Nesta terra seca não nasce mais flor

Só o que resiste a dor

Que faz o céu cair na noite em que nasci

Chora por mim, chora de mim

Chora meu fim

O céu que chora na noite em que nasci

sexta-feira, março 17, 2006

Lewis (pra variar)

Tenho lido (não necessariamente compreendido) "A Abolição do Homem". Segue uma citação que provocou-me gargalhadas altas horas da noite depois de um cansativo dia de trabalho:

Pois a natureza agredida há de se vingar, e um coração duro não é uma proteção infalível contra um miolo mole.

C. S. Lewis

terça-feira, março 14, 2006

O poeta

Triste talvez, mas nunca infeliz.

sexta-feira, março 10, 2006

Quem entende o ser humano

Fui visitar alguns amigos que não via há alguns meses. Ouvi-os dizer - "Nossa, estava com saudade de você".

- Sério!? Eu não morri nem nada!!! Ainda moro na mesma casa, o email e o telefone são os mesmos! Por que não falaram nada?

Claro, não foi essa a minha resposta, mas depois fiquei pensando:

- Caramba, as pessoas sentem saudades e não fazem nada!!!!

Eu, quando sinto falta de alguém, ligo, escrevo, mando um email, 'dou uma passada', enfim, faço algo para externar a saudade. Mas as pessoas não... simplesmente sentem e não fazem nada a respeito.

Ou mentem quando te vêem.

segunda-feira, março 06, 2006

A quem interessar possa

ou Por falta do que dizer, duas ou três canções que eu não consigo parar de ouvir e que falam por mim

Tentei seguir em frente como se nunca tivesse conhecido você

Estou acordado mas meu mundo está meio adormecido

Eu oro para que meu coração seja restaurado

Mas sem você tudo que eu vou ser é incompleto

trecho de Incomplete do Backstreet Boys, e, sim eu ouço!

Tudo era fácil então, tão doce e inocente

Mas seus anjos e demônios reapareceram

Deixando todos os traços do homem que você pensou que seria

Deixando-me sem lugar para ir daqui

Deixando-me tantas perguntas esses anos todos

Mas existe um lugar distante, um lugar onde tudo fica claro

Fácil de recomeçar com aqueles que ama tanto

Ou somos deixados a imaginar, sozinhos, eternamente

Que isto não é o que era para ser

Não, isto realmente não é como era para ser

trecho de Always On You Side da Sheryl Crow

Podemos viver vidas inteiras num único dia

Não importa o que você faça, amo você mesmo assim

Você diz que se perde por dentro, eu me sinto solitário também

E mesmo na pior da ocasiões, meu melhor é pra você

trecho de Lifetimes da Sheryl também

quarta-feira, março 01, 2006

Para lembrar (nota pessoal)

Duas canções:

You are so beautiful to me

Can't you see

You're everything that I hoped for

Everything I need

You are so beautiful to me

You Are So Beautiful do Joe Cocker

Suddenly the world seems such a perfect place

Suddenly it moves with such a perfect grace

Suddenly my life doesn't seem such a waste

It all revolves around you

Come what may, trilha de Moulin Rouge

Tradução? Nos comentários

terça-feira, fevereiro 21, 2006

Destino

Amei a solidão pra não ficar sozinho

Sorri do destino

E fiz da tristeza meu hino

O tema da vitória de um peito vazio coração partido

Levanto das cinzas e começo de novo

Pelo prazer de voltar ao pó

E faço das lágrimas meu sorriso

Minha pièce de résistance

E o que tiver que ser, será

editado às 12:28

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Corrente de livros

Aproveitando a idéia da Claire e a recente visita a uma boa livraria, aqui vai a minha:

Qual o último livro que comprou?
"A Inocência do Padre Brown" de G.K. Chesterton.

Que livro está lendo?
"A Inocência do Padre Brown" e "Surpreendido pela alegria" do tio Lewis.

Qual a sua próxima leitura?
Ainda não me decidi. Pode ser que termine "As Crônicas de Nárnia" (parei em "A Viagem do Peregrino da Alvorada"). Outras opções são "Cristianismo Puro e Simples", "A Abolição do Homem", "Os Quatro Amores", "Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz" e "Grand Miracle". Bom, como podem ver deve ser um do tio Lewis.

Qual o último livro 5 estrelas que leu?
A ainda não terminei, mas como já li uma vez vou colocar aqui: "Surpreendido pela Alegria", claro, do tio Lewis.

Qual a última releitura?
"As Aventuras de Sherlock Holmes"

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Vazio

Precisava sentir para escrever. Mas ultimamente se encontrava num estado de dormência, difícil de colocar em palavras. Não que a dor tivesse ido embora. Antes tivesse, pois ela ainda batia a sua porta. Mas as batidas faziam parte da sua vida já, incorporadas como as batidas do coração que ele não precisava controlar e às vezes sequer sentia, mas estavam sempre lá, onipresentes, marcando-lhe o tempo que, como o amor, lhe fugia. E ele sabia não poder perseguir, nem um nem outro. Vencido que estava pela ausência de um e pela implacável presença do outro. Por via das dúvidas mantinha sempre a cabeceira da cama papel e caneta. Precisava sentir coisas novas, e essas coisas, como o amor, não tem hora para acontecer. Acontecem normalmente em sonhos, aliás. E o sonho, diferente da dor, ele ainda consegue descrever. Com poucas e simples palavras é verdade. Mas ele nunca precisou de muitas mesmo, muito menos das mais complicadas. Deve ser esse o problema. A simplicidade com que ele vê um mundo que vê nele alguém complicado demais que ainda insiste em sentir o que todo mundo sabe é mais fácil esquecer.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Você também

Nós brigamos o tempo todo

Eu e você, mas tudo bem

Somos a mesma alma

Eu não preciso

Não preciso ouvir você dizer

Que se não fôssemos tão parecidos

Você gostaria bem mais de mim

Sometimes you can't make it on your own, do U2

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Uma noite

Já acordou assustado por um sonho que para ele é um pesadelo. Já ficou rolando na cama tentando voltar a dormir. Já tentou encontrar o sono colocando em dia seus pensamentos. Já levantou para tomar água. Já leu um livro. Já dobrou os joelhos. Já sentiu. Já derramou duas lágrimas, que é o máximo que ele consegue hoje em dia. Já enxugou-as. Já desistiu de tentar. Já chegou a conclusão que é só o que pode fazer. Já pensou que pode não valer a pena. Já decidiu que mesmo assim precisa continuar. Já lembrou. Já lhe ocorreu que para quem não tem nada, qualquer vislumbre de esperança vale a pena. Já passou por isso antes. Já pensou que é perder tempo. Já não tem mais tempo. Já esqueceu. Já pensou em parar. Já começou tudo de novo. Já passaram algumas horas. Já está cansado. Já não consegue pensar em mais nada. Por fim já dorme que amanhã já vai começar tudo outra vez.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Dois tipos de amigos

Aparece um programa legal para fazer. Imediatamente você pensa naquele amigo de quem gosta mais. Liga para ele, mas ele está ocupado demais, lamenta muito, diz que gostaria muito de ir com você, mas não vai dar desta vez. Sem conseguir esconder a decepção, você passa para o segundo amigo da lista de quem gosta mais. A cena se repete. Até que a lista acabe, e claro, sua empolgação também. Mas o programa é legal demais para perder ou para não compartilhar com alguém. Mas você não consegue pensar em ninguém. A lista de pessoas de quem mais gosta acabou. Eventualmente, acaba se lembrando de uma segunda lista, a lista das pessoas que gostam mais de você. O primeiro que você liga fica super feliz por ter sido lembrado e acaba cancelando um compromisso importante para acompanhá-lo. Vai entender... Claro, o programa acaba tendo metade da graça. Pra você pelo menos, que não consegue se concentrar e fica o tempo todo sentido falta das pessoas que realmente gostaria que estivessem ao seu lado. Vai entender...

Moral da história: "quem não tem cão, caça com gato"

(atualizado pela última vez às 15:20)

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Atípico

Quando se passa mais de duas ou três horas dentro da melhor livraria e do melhor sebo da cidade num intervalo menor de 24 horas e ainda assim não consegue se interessar por nada, você percebe que tem algo muito errado.

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Da série: Diálogos que a gente ouve por aí

No veterinário

- É só um cachorro...

- Como assim é só um cachorro?! Está na família há mais de dez anos. Quer dizer que se ele morrer você não vai sentir falta?

- Não sei. Acho que não. Já passo a maior parte do meu tempo sentindo falta dos vivos.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Leituras

Ontém fiz um esforço que quase me deixou pensando que sou um leitor sério. Sentei-me por mais ou menos duas horas, para ler as quase noventa páginas que faltavam na releitura de "Olhai os lírios dos campos", de Érico Veríssimo. O livro é ótimo e dispensa comentários, principalmente os meus. Talvez esteja um pouco datado, mas ainda traduz com maestria aquele sentimento de quem quer algo mais da vida, de quem busca intensidade, mais do que aquela felicidade que se vende por aí pelo preço que você puder pagar. Agora sei porque esse livro me deixou lembranças, quando o li pela primeira vez por indicação de uma professora daquelas que nos tornam pessoas melhores. Aliás, qualquer semelhança com "A cidadela" de Cronin talvez não seja mera coincidência (li também por indicação dessa professora). Os dois tratam do mesmo tema, e de forma bastante parecida. Contando a história de médicos recém-formados e suas trajetórias sempre oscilando entre a felicidade aparente e a paz interior. Enfim, não sou um leitor sério pra poder fazer indicações, mas recomendo ambos.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Acaso

Você bate os olhos em algo e se apaixona. Assim, sem mais nem menos. Sem explicação. Mais ou menos como aquela sensação de encontrar um conhecido no meio de uma multidão e longe de casa. Mesmo que seja um inimigo. Então você vai atrás, procura conhecer, se aproximar, se envolver, talvez inconscientemente buscando explicar a paixão, o anseio, a Alegria. E aos poucos vai se descobrindo, se encontrando nos fragmentos que vai conseguindo juntar. Às vezes leva tempo, sabe como é, o mundo precisa girar. E você se perde no caminho, o coração esfria, a razão esquece, o acaso age. Até chegar onde você tem que chegar. Até entender e, mais do que entender, saber que não está sozinho e que nada acontece por acaso.

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Definições

Feliz, mas, de tão feliz, vulnerável.

Milton, citado por C. S. Lewis em "Surpreendido pela Alegria".

Resoluções de Ano Novo

Resoluções para levar a sério:

  • Começar de novo. Sempre. Mesmo quando tudo der errado e o mundo desmoronar do meu lado, ou dentro de mim.
  • Amar mais. Se importar mais. Compreender mais. Mesmo que isso envolva resistir à indiferença e ao silêncio da pessoa amada.
  • Fazer alguém sorrir todo dia. Pelo menos um.

Outras resoluções (não menos sérias, mas que permitem um certo relaxamento natural):

  • Ler mais e manter diário de leitor (pelo para saber a quantidade de livros lidos). Não sei porque mas sempre quis fazer isso.
  • Ler todos os livros do C. S. Lewis em que eu conseguir colocar minhas mãos. Atualmente são seis. Oba!
  • Atualizar este blog com mais freqüência, e se possível com alguma qualidade. Acreditem, isso aqui já foi bom. Ou não...
  • Aprender a programar como gente grande, para pelo menos fazer juz ao diploma.
  • Aproveitar melhor o tempo.
  • Usar a agenda que comprei para alguma coisa. De preferência para anotar compromissos e datas importantes para futura referência.
  • Cumprir pelo menos uma dessas resoluções.

Acho que é isso. Por hoje é só!