terça-feira, fevereiro 21, 2006

Destino

Amei a solidão pra não ficar sozinho

Sorri do destino

E fiz da tristeza meu hino

O tema da vitória de um peito vazio coração partido

Levanto das cinzas e começo de novo

Pelo prazer de voltar ao pó

E faço das lágrimas meu sorriso

Minha pièce de résistance

E o que tiver que ser, será

editado às 12:28

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Corrente de livros

Aproveitando a idéia da Claire e a recente visita a uma boa livraria, aqui vai a minha:

Qual o último livro que comprou?
"A Inocência do Padre Brown" de G.K. Chesterton.

Que livro está lendo?
"A Inocência do Padre Brown" e "Surpreendido pela alegria" do tio Lewis.

Qual a sua próxima leitura?
Ainda não me decidi. Pode ser que termine "As Crônicas de Nárnia" (parei em "A Viagem do Peregrino da Alvorada"). Outras opções são "Cristianismo Puro e Simples", "A Abolição do Homem", "Os Quatro Amores", "Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz" e "Grand Miracle". Bom, como podem ver deve ser um do tio Lewis.

Qual o último livro 5 estrelas que leu?
A ainda não terminei, mas como já li uma vez vou colocar aqui: "Surpreendido pela Alegria", claro, do tio Lewis.

Qual a última releitura?
"As Aventuras de Sherlock Holmes"

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Vazio

Precisava sentir para escrever. Mas ultimamente se encontrava num estado de dormência, difícil de colocar em palavras. Não que a dor tivesse ido embora. Antes tivesse, pois ela ainda batia a sua porta. Mas as batidas faziam parte da sua vida já, incorporadas como as batidas do coração que ele não precisava controlar e às vezes sequer sentia, mas estavam sempre lá, onipresentes, marcando-lhe o tempo que, como o amor, lhe fugia. E ele sabia não poder perseguir, nem um nem outro. Vencido que estava pela ausência de um e pela implacável presença do outro. Por via das dúvidas mantinha sempre a cabeceira da cama papel e caneta. Precisava sentir coisas novas, e essas coisas, como o amor, não tem hora para acontecer. Acontecem normalmente em sonhos, aliás. E o sonho, diferente da dor, ele ainda consegue descrever. Com poucas e simples palavras é verdade. Mas ele nunca precisou de muitas mesmo, muito menos das mais complicadas. Deve ser esse o problema. A simplicidade com que ele vê um mundo que vê nele alguém complicado demais que ainda insiste em sentir o que todo mundo sabe é mais fácil esquecer.

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Você também

Nós brigamos o tempo todo

Eu e você, mas tudo bem

Somos a mesma alma

Eu não preciso

Não preciso ouvir você dizer

Que se não fôssemos tão parecidos

Você gostaria bem mais de mim

Sometimes you can't make it on your own, do U2

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Uma noite

Já acordou assustado por um sonho que para ele é um pesadelo. Já ficou rolando na cama tentando voltar a dormir. Já tentou encontrar o sono colocando em dia seus pensamentos. Já levantou para tomar água. Já leu um livro. Já dobrou os joelhos. Já sentiu. Já derramou duas lágrimas, que é o máximo que ele consegue hoje em dia. Já enxugou-as. Já desistiu de tentar. Já chegou a conclusão que é só o que pode fazer. Já pensou que pode não valer a pena. Já decidiu que mesmo assim precisa continuar. Já lembrou. Já lhe ocorreu que para quem não tem nada, qualquer vislumbre de esperança vale a pena. Já passou por isso antes. Já pensou que é perder tempo. Já não tem mais tempo. Já esqueceu. Já pensou em parar. Já começou tudo de novo. Já passaram algumas horas. Já está cansado. Já não consegue pensar em mais nada. Por fim já dorme que amanhã já vai começar tudo outra vez.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Dois tipos de amigos

Aparece um programa legal para fazer. Imediatamente você pensa naquele amigo de quem gosta mais. Liga para ele, mas ele está ocupado demais, lamenta muito, diz que gostaria muito de ir com você, mas não vai dar desta vez. Sem conseguir esconder a decepção, você passa para o segundo amigo da lista de quem gosta mais. A cena se repete. Até que a lista acabe, e claro, sua empolgação também. Mas o programa é legal demais para perder ou para não compartilhar com alguém. Mas você não consegue pensar em ninguém. A lista de pessoas de quem mais gosta acabou. Eventualmente, acaba se lembrando de uma segunda lista, a lista das pessoas que gostam mais de você. O primeiro que você liga fica super feliz por ter sido lembrado e acaba cancelando um compromisso importante para acompanhá-lo. Vai entender... Claro, o programa acaba tendo metade da graça. Pra você pelo menos, que não consegue se concentrar e fica o tempo todo sentido falta das pessoas que realmente gostaria que estivessem ao seu lado. Vai entender...

Moral da história: "quem não tem cão, caça com gato"

(atualizado pela última vez às 15:20)