quinta-feira, outubro 21, 2004

Nada a dizer

Preciso escrever, mas não sei o quê. Se ao menos os pensamentos parassem de rodopiar como um furacão dentro de mim eu saberia. Ou se eu conseguisse responder as perguntas ao invés de apenas fazê-las. Então eu não precisaria divagar sobre minha incapacidade de achar graça diante dos seus olhos. Eu poderia esuqecer um pouco este mundo vão, vazio e aparente e simplesmente ser. Ser o homem com todas as respostas que eu gostaria e talvez deveria ser. Apontar o caminho a alguém ao invés de engrossar o coro dos perdidos com minha racionalidade (incredulidade) amarga e melancólica. E só há uma vantagem em estar tão longe: a única coisa a ser feita é voltar pra casa. Eu vi o mundo e analisei suas ofertas. Mas nada realmente me atrai como você. Então vou voltar para casa. Posso me perder mais uma vez no caminho, atraído pelo falso brilho do ouro dos tolos, tolo que sou. Mas todo engano dura pouco e logo encontro o caminho de volta. Principalmente com sua luz brilhando tão intensamente além do horizonte. Espere por mim... estou a caminho.