A vida é um quebra-cabeça que vamos montando aos poucos, sem saber direito qual será o resultado final. Algumas peças vêm no pacote e temos que nos virar com elas. Outras podem ser escolhidas a dedo, mas nem sempre aceitam a eleição. Algumas peças se perdem e são facilmente substituídas. Outras se vão, mas não sem antes cumprir o seu papel. E embora sintamos saudades, aceitamos com serenidade o fim de uma fase.
E tem aquelas peças insubstituíveis, de valor inestimável, sem as quais a obra fica eternamente incompleta, vazia e sem graça. Não são facilmente encontradas e podemos até montar o quadro sem elas, como alguém que se conforma com a prata por não conhecer o ouro. Podemos passar pela vida sem o amor, mas quando ele acontece, descobrimos que não há vida sem ele e dificilmente nos contentaremos com algo menor. É justamente essa peça que ocupa o lugar central da obra e mantém todas as demais unidas. Sabemos que haverão outras batalhas para lutar e as lutaremos, porém não sem antes dar a vida, se preciso for, para conquistar "a peça que falta".