sexta-feira, abril 29, 2005

Poesia, para tirar a poeira

É melhor não se acostumar à solidão

Amanhã ou depois

Se o amor acontecer

Não vai doer tanto

Abrir mão do pranto

E sua companhia

Melancolia

E dividir o espaço

Vai ser mais fácil

Se não ocupá-lo todo

Como um tolo

Consigo mesmo

Consegue sim

Viver assim

A porta talvez fechada

Mas não trancada

E como quem não quer nada

Lance sempre a semente

E não se lamente

Espere o vento trazer

A chuva passar

O tempo

É o bastante

Se nascer viva

Se morrer... poesia