Precisava sentir para escrever. Mas ultimamente se encontrava num estado de dormência, difícil de colocar em palavras. Não que a dor tivesse ido embora. Antes tivesse, pois ela ainda batia a sua porta. Mas as batidas faziam parte da sua vida já, incorporadas como as batidas do coração que ele não precisava controlar e às vezes sequer sentia, mas estavam sempre lá, onipresentes, marcando-lhe o tempo que, como o amor, lhe fugia. E ele sabia não poder perseguir, nem um nem outro. Vencido que estava pela ausência de um e pela implacável presença do outro. Por via das dúvidas mantinha sempre a cabeceira da cama papel e caneta. Precisava sentir coisas novas, e essas coisas, como o amor, não tem hora para acontecer. Acontecem normalmente em sonhos, aliás. E o sonho, diferente da dor, ele ainda consegue descrever. Com poucas e simples palavras é verdade. Mas ele nunca precisou de muitas mesmo, muito menos das mais complicadas. Deve ser esse o problema. A simplicidade com que ele vê um mundo que vê nele alguém complicado demais que ainda insiste em sentir o que todo mundo sabe é mais fácil esquecer.
Na verdade, estou passando mais pra deixar um Oi do que pra comentar (embora tenha gostado muito dos últimos posts).
ResponderExcluirFiquei meio distante e senti saudades suas. Atualizei meu blog, não está muuuito bom, mas dá pro gasto. Se sobrar um tempinho, escrevo mais hj. De qualquer maneira, atendi ao pedido da campanha.
Gosto demais dos seus textos, apesar de sempre achá-los meio tristes...
Bjs querido!
... o vazio q todos sentem: uns mais que outros. E que, para alguns, nem sempre é constante. bjs, Aline
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