Quando se passa mais de duas ou três horas dentro da melhor livraria e do melhor sebo da cidade num intervalo menor de 24 horas e ainda assim não consegue se interessar por nada, você percebe que tem algo muito errado.
sexta-feira, janeiro 27, 2006
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Da série: Diálogos que a gente ouve por aí
No veterinário
- É só um cachorro...
- Como assim é só um cachorro?! Está na família há mais de dez anos. Quer dizer que se ele morrer você não vai sentir falta?
- Não sei. Acho que não. Já passo a maior parte do meu tempo sentindo falta dos vivos.
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Leituras
Ontém fiz um esforço que quase me deixou pensando que sou um leitor sério. Sentei-me por mais ou menos duas horas, para ler as quase noventa páginas que faltavam na releitura de "Olhai os lírios dos campos", de Érico Veríssimo. O livro é ótimo e dispensa comentários, principalmente os meus. Talvez esteja um pouco datado, mas ainda traduz com maestria aquele sentimento de quem quer algo mais da vida, de quem busca intensidade, mais do que aquela felicidade que se vende por aí pelo preço que você puder pagar. Agora sei porque esse livro me deixou lembranças, quando o li pela primeira vez por indicação de uma professora daquelas que nos tornam pessoas melhores. Aliás, qualquer semelhança com "A cidadela" de Cronin talvez não seja mera coincidência (li também por indicação dessa professora). Os dois tratam do mesmo tema, e de forma bastante parecida. Contando a história de médicos recém-formados e suas trajetórias sempre oscilando entre a felicidade aparente e a paz interior. Enfim, não sou um leitor sério pra poder fazer indicações, mas recomendo ambos.
sexta-feira, janeiro 06, 2006
Acaso
Você bate os olhos em algo e se apaixona. Assim, sem mais nem menos. Sem explicação. Mais ou menos como aquela sensação de encontrar um conhecido no meio de uma multidão e longe de casa. Mesmo que seja um inimigo. Então você vai atrás, procura conhecer, se aproximar, se envolver, talvez inconscientemente buscando explicar a paixão, o anseio, a Alegria. E aos poucos vai se descobrindo, se encontrando nos fragmentos que vai conseguindo juntar. Às vezes leva tempo, sabe como é, o mundo precisa girar. E você se perde no caminho, o coração esfria, a razão esquece, o acaso age. Até chegar onde você tem que chegar. Até entender e, mais do que entender, saber que não está sozinho e que nada acontece por acaso.
segunda-feira, janeiro 02, 2006
Definições
Feliz, mas, de tão feliz, vulnerável.
Milton, citado por C. S. Lewis em "Surpreendido pela Alegria".
Resoluções de Ano Novo
Resoluções para levar a sério:
- Começar de novo. Sempre. Mesmo quando tudo der errado e o mundo desmoronar do meu lado, ou dentro de mim.
- Amar mais. Se importar mais. Compreender mais. Mesmo que isso envolva resistir à indiferença e ao silêncio da pessoa amada.
- Fazer alguém sorrir todo dia. Pelo menos um.
Outras resoluções (não menos sérias, mas que permitem um certo relaxamento natural):
- Ler mais e manter diário de leitor (pelo para saber a quantidade de livros lidos). Não sei porque mas sempre quis fazer isso.
- Ler todos os livros do C. S. Lewis em que eu conseguir colocar minhas mãos. Atualmente são seis. Oba!
- Atualizar este blog com mais freqüência, e se possível com alguma qualidade. Acreditem, isso aqui já foi bom. Ou não...
- Aprender a programar como gente grande, para pelo menos fazer juz ao diploma.
- Aproveitar melhor o tempo.
- Usar a agenda que comprei para alguma coisa. De preferência para anotar compromissos e datas importantes para futura referência.
- Cumprir pelo menos uma dessas resoluções.
Acho que é isso. Por hoje é só!