Costumo dizer que não tenho memória e/ou cabeça para datas. Dificilmente sei em que ano aconteceu isso ou aquilo, ou quanto tempo faz que parei de beber Coca-cola, quando li aquele livro, vi aquele filme ou fiz aquela viagem. Se lembro dos fatos, normalmente não os associo a um determinado espaço de tempo. Já tentei manter diários para suprir essa deficiência, mas sem sucesso (por qualquer que seja o motivo). De qualquer forma, acredito que o ano de 2005 vai deixar lembranças. Foi um ano que passei um bom tempo e pude conhecer melhor pessoas especiais como a Claire, o Maroldi, a Les, a Prit, a Thams, o Júnior (os dois) entre outros (pra não deixar ninguém de fora). Foi o ano em que tive a oportunidade e a honra de interpretar para pregadores internacionais, alguns dos quais deixaram uma marca, como os dois Pauls (Paul Clamp especialmente e Paul Agnew). Aliás fato esse, só explicado pelo amor de Deus, já que eu nunca fiz um curso de inglês e nunca coloquei os pés num país de língua inglesa (ainda). Foi o ano em que recebi uma longamente esperada e sonhada visita, aliás, não apenas uma, mas duas (só isso já valeria o ano, e talvez a vida). Foi também o ano de Narnia. O ano de redescobrir e conhecer melhor C. S. Lewis (difícil descrever a sensação de encontrar algumas de suas obras em uma "livraria normal" ou não receber aquele olhar de não-faço-a-menor-idéia-do-que-você-está-falando ao pedir um de seus livros). Foi o ano que nos deu Nothing Is Sound do Switchfoot (com as delicadas e belas The Blues e The Setting Sun), The Imposter do Kevin Max, Drunkard's Prayer do Over The Rhine, e por que não How To Dismantle An Atomic Bomb do U2 * (ah, lembre-se sometimes you can't make it on your own/às vezes você não consegue sozinho). É, por essas e outras que posso dizer com certeza que vou lembrar de 2005.
Ou não...
* na verdade lançado em novembro de 2004